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Na Agroglobal 2020 ministra anuncia medidas para a modernização da agricultura nacional

14 Set 2020

A Ministra da Agricultura - Maria do Céu Antunes - apresentou a 11 de Setembro, no âmbito da Agroglobal, a estratégia do sector até 2030. Haverá incentivos para os novos agricultores se instalarem em territórios de baixa densidade e apoios à produção sustentável.

Entregar a agricultura à próxima geração sem deixar ninguém para trás é o mote da estratégia que vai orientar o sector agrícola na próxima década. O Governo identificou cinco intenções estratégicas, para as quais estabeleceu cinco grandes metas a alcançar nos próximos dez anos. A agenda vai centrar-se nos pilares da Inovação, Saúde, Rendimento, Inclusão e Futuro.

No capítulo da Inclusão, o objetivo é garantir que, até ao final da década, pelo menos 80% dos novos agricultores se instalem em territórios de baixa densidade. Para isso, haverá interessantes incentivos. Que também deverão chegar ao pilar do Futuro. Aqui, a meta passa por estender regimes de produção sustentável reconhecidos a metade da área agrícola nacional ou acima disso, se possível.

A Agenda para a década propõe-se ainda aumentar em 15% o valor da produção agroalimentar, bem como incrementar em 60% o investimento em Investigação e Desenvolvimento. Por fim, no capítulo da Saúde, o foco passa por aumentar em 20% o nível de adesão dos portugueses à dieta mediterrânica.

As cinco metas vão decompor-se em 15 iniciativas, explicou a ministra da Agricultura. No que diz respeito aos produtores, estão previstas quatro medidas. Uma delas é a aposta na Agricultura 4.0, que implica, essencialmente, desenvolver a agricultura de precisão. As outras iniciativas passam pela promoção de produtos portugueses no mercado externo, o incremento das organizações de produtores e a transição agro energética. Segundo a ministra, todas as linhas de ação refletem as preocupações que foram manifestadas pelos produtores.

Entre as iniciativas encontra-se ainda a criação de uma Rede de Inovação, da qual farão parte 24 centros de investigação e estações experimentais, que serão equipados com tecnologia de ponta e trabalhadores qualificados.