Adama, uma marca global com um histórico impressionante em proteção das culturas

17 Out 2016
Adama, uma marca global com um histórico impressionante em proteção das culturas

A Adama é um dos líderes mundiais em soluções para proteção de plantas. A palavra hebraica Adama significa “terra”, o elemento essencial da agricultura, e representa o compromisso da empresa com o desenvolvimento agrícola nos seus mercados de todo o mundo. Com uma gama de produtos cada vez mais sistemática, eficiente e mais ampla, abrangendo todas as soluções, a Adama tem como interesse principal proporcionar simplicidade aos agricultores e à agricultura.

A empresa, de raízes judaicas, está presente em mais de 100 países. O nome original da empresa-mãe, em Israel, era Makhteshim Agan Industries. Este nome também se utilizava em alguns países, principalmente na Europa, até 2014. Mas o nome não era o mesmo em todo o mundo (por exemplo: em Espanha chamava-se Aragonesas Agro), devido ao facto de a entrada em cada país ter acontecido, normalmente, por aquisição. Nesta época os nomes dos produtos eram mais conhecidos do que o da empresa. Então, em 2014, o nome da empresa foi unificado: passou a denominar-se Adama em qualquer parte do mundo. Esta unificação é de facto uma grande vantagem, já que “Adama” se pronuncia igual (ou muito parecido) em todo o mundo! O que contrasta com o nome Makhteshim Agan.

Em Portugal a empresa estava presente no mercado através de um distribuidor nacional mas em 2009, a Adama decidiu abrir uma filial e ter representação direta. Marco Soares, Regional Manager pela Adama Portugal foi, nessa altura, recrutado para formar a equipa comercial.

Presença na AgroGlobal para fortalecer a nova estratégia da empresa
No âmbito da nova estratégia de crescimento corporativo da Adama, considerou-se adequado participar na Feira AgroGlobal. Segundo Marco Soares, a principal razão da presença da empresa nesta importante feira agrícola é fazer passar o nome de marca. “Não sermos só conhecidos pelos nomes dos produtos, mas pelo nome Adama. Evidentemente, isto leva anos a conseguir. Mas temos uma vantagem, só vendemos produtos para agricultura. Assim o nosso público-alvo é exclusivamente o agricultor, estamos completamente focados nesse vértice. A Adama trabalha com distribuidores licenciados para a atividade de comercialização de produtos fitofarmacêuticos. Montámos uma rede de Norte a Sul do país que é estável mas ao mesmo tempo dinâmica… Por outro lado, a forma como se faz o negócio de fatores de produção em Portugal é muito concentrada, os distribuidores trabalham muitas marcas. É muito importante a diferenciação, quer seja em produto ou serviços, quer seja em imagem! 

Nesses aspetos, somos um mercado diferente dos restantes países europeus. Em Portugal o distribuidor comercializa variados produtos e muitos são idênticos quer seja em matéria ativa ou nas finalidades... o distribuidor comporta-se quase como uma grande superfície ou um operador logístico…”

Grande portfólio de produtos para um leque abrangente de culturas
Quanto aos produtos em portfólio em Portugal, Marco Soares explica-nos que estão em muitas culturas: Vinha, olival, tomate para indústria, milho, macieira, pereira e batata, entre outras. Por exemplo, no final do ano vão lançar o Brevis® (para macieira e pereira), e também nos refere: “a nível da vinha, sendo uma cultura fundamental em Portugal, e muito afetada doenças e pragas, temos um catálogo muito interessante e vai ainda melhorar muito (já abrangemos míldio, oídio, cicadela, etc.). Mas agora vamos diversificar, para poder intercalar produtos, numa gestão mais responsável e consciente; por forma a mantermos um elevado grau de eficácia.”

Marco Soares diz-nos também que por cá: “O mercado é maduro, não tem grandes crescimentos, a nossa mais valia é a nossa representação de longo prazo de algumas marcas. As nossas marcas são conhecidas e os agricultores pedem muitas vezes pelo nome da marca.” Quanto ao mercado mundial: “Continua em crescimento, essencialmente na Ásia e América do Sul. Há uma grande aposta nos mercados asiáticos, que começam a abrir-se. O crescimento também se faz sentir na Europa de Leste. O resto da Europa está mais estagnada, mas também é onde a agricultura está mais evoluída e modernizada.” 

A Adama Portugal tem vindo a crescer com os pés bem assentes no chão tendo em conta a legislação europeia que é bastante apertada nesta área. “Atualmente estamos a colocar no mercado produtos novos em substituição de outros que foram retirados. 

Agora temos produtos mais modernos, com outra formulação e/ou outra forma de atuação. Um produto fitofarmacêutico obriga a um estudo muito aprofundado, pois pode afetar todo o ambiente, toda a cadeia alimentar (águas, terras, animais, plantas, pessoas). A legislação obriga a saber o que vai acontecer a todos os intervenientes na cadeia.” A DGAV - Direção-Geral de Alimentação e Veterinária é a entidade nacional que regula, avalia, certifica e controla a autorização de venda de um produto fitofarmacêutico. As questões técnicas são muito importantes e determinantes. Muitos produtos são licenciados para diferentes aplicações de país para país. Por exemplo: “O produto Custódia®, um produto Adama, em Portugal é destinado a horticultura (tomateiro, pimenteiro, courgette, pepino, meloeiro...) mas no Brasil ou na Índia tem outras aplicações autorizadas.”

A componente industrial da Adama foi e continua a ser muito desenvolvida, tendo negócios com muitas empresas do sector a nível mundial. Esta empresa cresceu com a componente de produção de ingredientes ativos. Esta é a principal razão da experiência e do know-how adquirido ao longo dos anos na área da produção.

Contrariamente ao que acontecia no passado, quando a Adama não era conhecida pela sua investigação e dedicava-se essencialmente a fabricar produtos fora de patente, hoje existe um grande dinamismo no lançamento de produtos. O departamento técnico e de registo procura soluções novas e a empresa atualmente é muito dinâmica a nível de investigação. Os centros de investigação da Adama são atualmente na Alemanha, Israel, Brasil, EUA e China “Também temos produtos únicos, originais e de nossa investigação. Para ter uma ideia somos os orgulhosos proprietários do maior catálogo de matérias ativas do mundo, temos cerca de 120 ingredientes ativos, gerando milhares de produtos, seja individualmente ou em misturas. Como é o caso do Custódia® (um produto único no mercado). A investigação é muito dispendiosa. O custo de introdução de uma nova matéria ativa fitofarmacêutica na europa pode atingir os 250 milhões de euros.”

Neste momento o capital da empresa encontra-se dividido entre investidores da China e Israel, mas as principais fábricas ainda operam em Israel. A Adama é a sétima empresa do mundo neste sector de negócio (dados de 2015). Tudo indica que em 2016 irá ocupar outra posição. A nível de produtos fora de patente são a empresa número 1 do mundo. “Agora estamos focados na unificação de marcas, apostando fortemente no marketing. É muito importante sermos bons a fabricar, mas também temos de saber comunicar.”